Mediadores alertam para recusa de seguradoras em cobrir riscos sísmicos
Só com a cobertura obrigatória de sismos em seguros multiriscos é possível fazer uma efetiva mutualização do risco e evitar a anti-seleção, afirmam os seguradores. Mais pressão para o Fundo Sísmico.
A Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE) pediu esta terça-feira em comunicado o fim da “recusa de apólices contra riscos sísmicos, por parte das seguradoras”, Segundo a única associação deste setor que reúne mais de 2 mil corretores e agentes de seguros, “em Portugal é praticamente impossível segurar imóveis anteriores a 1950 contra este tipo de fenómenos, deixando, assim, grande parte do edificado desprotegido em caso de danos sísmicos”.
José Galamba de Oliveira da APS e David Pereira da APROSE. Mediadores contestam recusa de seguradoras em cobrir risco sísmico em alguns tipos de edifícios ou regiões. Para dar resposta companhias querem fundo sísmico e dispersão de risco.
José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, explica que “apenas 16% das Habitações em Portugal têm contratada a proteção de seguro relativamente ao risco sísmico, uma percentagem muito abaixo do desejável, mas só com a cobertura obrigatória é possível fazer uma efetiva mutualização do risco e evitar a anti-seleção”.
Neste ponto, obrigatoriedade de cobertura sísmica num contrato multirriscos, há um acordo. No comunicado, a APROSE comenta que os recentes sismos registados no sul da Turquia e da Síria, levam a associação dos mediadores a reiterar “a absoluta necessidade de passar a ser obrigatório incluir a cobertura contra riscos sísmicos nas apólices de Seguros Multirriscos para a habitação”.