Nos últimos anos, apesar das vendas online ou dos seguros vendidos pelo telefone, o peso dos mediadores no mercado não diminuiu. Pelo contrário. Parece estar em contraciclo com a tecnologia. Qual é a explicação? Simples. O mediador de seguro foi assumindo um outro posicionamento, o seu posicionamento: Provedor do Cliente na sua relação com as companhias de seguros.
Em vez de comercial ao serviço desta ou daquela companhia, o mediador é o provedor do consumidor. A independência garante que recomenda os melhores produtos e soluções, independentemente da companhia que o comercializa. E a mesma independência também garante que atua como advogado do cliente em caso de sinistro. Algo que nenhum robot, computador ou linha telefónica será alguma vez capaz de fazer.
Sinistros recentes, como os incêndios ou as cheias, demonstram-nos que os mediadores podem ir ainda mais longe. Podem e devem atuar como um agente de mudança do setor dos seguros, junto das companhias e dos próprios decisores políticos, sempre na lógica da defesa dos interesses dos consumidores.
Em maio, no Centro de Congressos do Estoril, mais de 1000 mediadores e os principais agentes da indústria, vão reunir-se para aquele que será o grande encontro do setor segurador em Portugal. E, como podem ter percebido por estas linhas, será um encontro com uma agenda de intervenção e mudança muito concreta e assumida.
Este congresso terá como tema “O Futuro são as Pessoas”. As pessoas devem estar cada vez mais no centro da decisão onde as novas tecnologias não podem ser esquecidas como ferramentas ao serviço dos clientes. O avanço tecnológico não pode ser colocado de lado, mas sempre como apoio, pois o mediador e agente de seguros é, e será sempre, o verdadeiro provedor do cliente final.
Não sabemos como vai ser o futuro? Não. Mas sabemos que o futuro são sempre as pessoas.
David Pereira
Presidente da APROSE - Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros
Nascer do Sol 28/04/2023